A regra dos terços é provavelmente a estrutura de composição mais conhecida da fotografia, sua popularidade é tamanha que está embutida em câmeras, celulares e programas de tratamento de imagens, mas afinal, de onde veio a regra de terços? Quem a criou? Baseado em quais aspectos?
Neste vídeo e artigo trago um pouco sobre a história da regra dos terços, e também um pensamento sobre composição e proporções visuais, indo além da regra dos terços como uma guia de posicionamento. Proponho a mesma como uma guia de proporções entre luz e sombra, cores, tamanho de objetos em cena, entre outros aspectos.
O livro onde a regra foi citada pela primeira vez: Remarks On Rural Scenery, de John Thomas Smith, é um pequeno manuscrito que trata da pintura, especialmente a pintura do período neo clássico inglês, assim também proponho algumas ressalvas para o fato de que a regra possa ser universalmente aceita sendo que nós estamos tanto em outra realidade regional como outra realidade temporal, mais de dois séculos depois do neo clássico.
Este artigo faz parte de uma série de outros dentro do tema da composição, aqui no
Blog Audiovisual já publiquei o
5 Dicas para Composição Criativa
É importante lembrar que quando fotografamos, ou quando estamos compondo uma cena, um enquadramento, um movimento de câmera dentro de nossos vídeos, nós o fazemos com todo o nosso repertório trabalhando dentro de nossas cabeças, as memórias daquilo que vimos, gostamos e não gostamos trabalham em tempo integral mesmo quando não percebemos isso, por esse motivo entender a história que nos precede, de onde vieram as regras e o que ganhamos ou perdemos quando da aplicação dessas regras é fundamental.
Do cruzamento de nossas referências que surgem as nossas idéias, e estudar história da arte só ajuda a ampliar o repertório. Nós, profissionais visuais, temos que estudar a pintura, o cinema, e também a fotografia, a música, o teatro, todas as artes nos interessam pois podemos tirar de todas elas lições importantes.
A lição que tiro da regra dos terços é de que ela é uma, entre milhões de formas harmônicas, e sendo uma, tem sua utilidade, mas não sendo a única, não podemos nos prender a ela como uma forma superior às outras. Cada foto, cada cena, deve ser pensada dentro de suas próprias possibilidades de harmonia e estética.
Por hoje é isso, bons e criativos clicks para vocês,
Armando Vernaglia Junior
PS.: quer mais inspiração?
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