A presença das mulheres na produção audiovisual é um tema pouco discutido no meio. Porém, isso não exclui o fato de que houve um crescimento delas dentro do mercado, mesmo que discretamente. Os sets de produção ainda são dominados por homens, mas os cursos e faculdades estão com aumento da presença feminina e, sendo hoje o Dia Internacional da Mulher, não há data melhor para falarmos sobre o assunto.
Quando paramos para pensar na história, o mercado audiovisual conseguiu dar um salto gigantesco se compararmos o que temos hoje às nossas saudosas fitas VHS. E assim como a tecnologia muda, as novidades chegam e novas histórias surgem, as pessoas por trás das câmeras também mudam.
Desigualdade e liderança
Segundo dados do IBGE, a população feminina do Brasil é de 51,1%. Dessa forma, seria tranquilo dizer que elas dominariam cargos de liderança dentro do mercado audiovisual, mas essa não é a realidade.
Quando paramos para analisar a equipe por trás de uma produção, é comum vermos um grupo formado por homens, muitas vezes em sua totalidade, principalmente quando pensamos em diretores. De fato isso vem mudando de alguns anos pra cá, mas ainda paulatinamente.
Mais mulheres na produção audiovisual é necessidade
E isso não se diz respeito somente porque precisamos do “ar feminino”. Mas sim porque a diversidade é importante para a construção, um novo olhar, uma nova forma de pensar, uma nova ideia… tudo isso pode transformar os caminhos que uma produção segue.
Aumentar os horizontes e expandir conhecimentos é premissa para o setor audiovisual, então por que não fazer isso agora?
Mulheres pioneiras e que você precisa conhecer
1- Alice Guy Blaché
Alice foi uma diretora francesa entre 1894 e 1922, como provável primeira mulher a dirigir um filme em toda a história. Além disso, ela é uma das primeiras a ser reconhecida como diretora no mundo, com cerca de 700 filmes em seu portfólio. Ela também desenvolveu técnicas que são conhecidas até hoje, como: som sincronizado, narrativa, close-up, entre outros.
2- Cléo de Verberana
Apesar de ter tido vida curta como diretora, marcou o início da participação das mulheres na produção brasileira.
3- Adélia Sampaio
Um pouco mais atual que as anteriores, Adélia se tornou a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem. Ele foi lançado em 1984, com o nome Amor Maldito. O filme passou em algumas salas de cinema de São Paulo e, mesmo sem grandes divulgações, foi um sucesso.
As mulheres na produção audiovisual surpreendem e trazem um novo olhar. Mulheres, sigam produzindo e não desistam do futuro que está por vir. Contem sempre com a Seegma para apoiar e dar aquele up em suas produções. Um feliz Dia Internacional da Mulher a todas e que sejam escritas cada vez mais histórias.